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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Seca em Xique-Xique pode deixar município sem água



Rio está muito abaixo, com a água chegando no joelho das pessoas

A seca que atinge o município de Xique-Xique (a 586 km de Salvador), no Vale do São Francisco, Norte da Bahia, há 120 dias vem causando inúmeros transtornos para os moradores e ainda pode piorar já que a cidade corre o risco de ficar totalmente sem água.

O motivo é a baixa no volume de água do canal Guaxinim, um dos braços do Rio São Francisco, responsável pelo abastecimento do local. A informação foi passada pelo diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Edgardo Pessoa Filho, que está preocupado com o nível de água do canal, que tem 5 quilômetros de extensão e chega a uma profundidade de 2 metros, mas atualmente não chega a 40 cm de altura. “Esta seca é a pior que já registramos. Nos últimos 30 dias o rio já baixou 50 cm. Acredito que se a situação não for resolvida, ficaremos sem água nos próximo 30 dias”, afirmou.

Ele diz que as famílias que residem na zona rural já começaram a sentir na pele as consequências da seca. Muitas delas sobrevivem da agricultura familiar e da pesca, além disso, utilizam o canal para a locomoção, uma vez que a maioria reside em ilhas e depende dos barcos para percorrer longas distâncias. “Muitas famílias já começam a não ter como se locomover nas embarcações, pois ficam encalhadas. Ele andam cerca de 5 km para poder chegar a cidade. Os que podem, pagam e fretam veículos para se locomover”, disse.

Um exemplo é o pescador Élio de Souza Marques que todos os dias enfrenta 4 quilômetros a pé ou de bicicleta para chegar ao local onde ele deixa as embarcações. “Como o canal está com o nível baixo deixo o barco longe daqui e ainda corro o risco de ter a embarcação roubada ou danificada. Na verdade a pesca sustentava a minha família, mas atualmente estou sobrevivendo do bolsa família que minha esposa recebe, pois para ir pescar está cada vez mais difícil”, contou.

O pescador se emociona quando lembra do que conseguiu tirar das águas do rio. “Entro no rio e vejo que a água que me cobria, hoje chega ao meu joelho. Isso me dá uma tristeza danada. A nossa sobrevivência vem daqui. Se não temos água para consumo, como faremos? Estou perdendo o sono com toda esta situação. Espero que eles (governantes) possam fazer algo urgente para resolver este problema”, apelou.

Emergencial

De acordo com Edgardo Filho, se o problema não for resolvido no prazo de 30 dias, a situação ficará pior, pois cerca de 35 mil pessoas que residem na zona urbana da cidade ficarão sem água e como alternativa terão que percorrer uma distância de mais de 5 km para conseguí-la. “A situação é alarmante. Não estamos brincando. Sou comerciante e te digo que já está afetando a economia da cidade. Temos que ter uma providência urgente”, falou.

Ele cita duas opções como solução para o problema. A primeira seria que chovesse na cabeceira do rio, em Minas Gerais, para que o volume suba e a comunicação com o canal não deixe de existir. A outra seria a dragagem do canal, cujo principal objetivo é aumentar sua profundidade. No entanto, este serviço envolve recursos que nem a prefeitura e nem a SAAE dispõem.

Ele diz que a Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) tem um projeto aprovado para fazer um trabalho de dragagem, mas os serviços seriam iniciados pela cidade de Ibotirama. “A cidade fica a 300 km de Xique-Xique e isto demoraria, no mínimo, 90 a 120 dias para chegar aqui. Até lá o canal já secou”, destacou.

Na quarta-feira, 23, houve uma reunião com representantes da CODEVASF na cidade com o intuito de informar a real situação do canal do Guaxinim e pedir o empenho do Governo Federal para solucionar a situação. “Nós demos como sugestão que estas obras de dragagem sejam feitas emergencialmente aqui no canal e depois eles partem do ponto inicial lá em Ibotirama. Os representantes ficaram de passar a sugestão para as pessoas com poder de decisão e só nos resta aguardar, lembrando que o problema deve ser resolvido de forma emergencial para que não falte água para o consumo humano”, lembrou.

Em nota, a Codevasf afirmou que tem sempre se colocado à disposição para contribuir apontando soluções e alternativas que melhorem a qualidade de vida dessas populações. Também ressaltou que o presidente da instituição, Elmo Vaz, já se reuniu com autoridades para encontrar uma solução. Dentre elas, a realização de uma dragagem, em caráter emergencial, em pontos críticos de captação de água de modo a solucionar os problemas de abastecimento humano e de travessias de balsas na região afetada.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

PIS/Pasep começa a ser pago

Têm direito ao abono salarial os trabalhadores que ganharam (em média) até dois salários mínimos por mês em 2013.

23 de julho - 2014
PISPasep-comea-a-ser-pago

Divulgação

O abono salarial do PIS/Pasep referente ao exercício 2014/2014, no valor de um salário mínimo, começou a ser pago nesta terça-feira (15). No atual exercício, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) antecipou o pagamento, que anteriormente iniciava-se em agosto. Outra mudança no calendário é que os trabalhadores que recebem o benefício em conta corrente vão ter o depósito em suas contas de acordo com o mês de aniversário, a partir do dia 15 de julho. Têm direito ao abono salarial os trabalhadores que ganharam (em média) até dois salários mínimos por mês em 2013. Para receber o valor, é preciso também preencher os seguintes requisitos: ter cadastro no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, ter trabalhado com carteira assinada ou ter sido nomeado efetivamente em cargo público por pelo menos 30 dias no ano passado para empregadores contribuintes do PIS/Pasep (cadastrados no CNPJ).

O calendário prevê que, até 31 de outubro, todos os pagamentos estejam disponíveis para saque. O governo estima que ao menos 23 milhões de trabalhadores retirem o benefício até o prazo final, marcado para o dia 30 de junho de 2015. O Ministério do Trabalho espera que o montante pago em abonos seja de aproximadamente R$ 17 bilhões. O pagamento para os inscritos no PIS é feito em uma agência da Caixa. Caso o beneficiário tenha o Cartão Cidadão com a senha cadastrada, ele também poderá retirar o valor em casas lotéricas, caixas de autoatendimento e postos do Caixa Aqui. Já os inscritos no Pasep receberão o benefício em agências do Banco do Brasil.

Xique-Xique pode ficar sem água em 40 dias

Fotos: Divulgação

Previsão apocalíptica é do diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município; problema também pode afetar abastecimento da Região de Irecê.

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Fotos: Divulgação

Daniel Pinto

A cidade de Xique-Xique, no Vale no São Francisco, é conhecida em todo o estado pela exuberância das águas do Velho Chico. Entretanto, a escassez de chuva nos últimos 120 dias provocou uma baixa significativa no volume de água do Canal do Guaxinim, que atende a demanda dos mais de 50 mil moradores na sede e zona rural. “Se o cenário não for alterado, o abastecimento de Xique-Xique pode ser interrompido em 40 dias”, observou Edgardo Pessoa Filho, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), autarquia da Prefeitura Municipal. A previsão apocalíptica foi feita nesta terça-feira (22), durante entrevista ao Jornal Popular, da Líder FM, apresentado por Jailza Saille.

Em conversa com a reportagem do Sertão Baiano, Edgardo Pessoa foi ainda mais incisivo: “pode ser 40 dias ou menos, depende exclusivamente da comunicação entre o Canal do Guaxinim e o São Francisco”. De acordo com o gestor, o problema afeta a navegabilidade do rio e impacta diretamente na agricultura familiar. “Em alguns trechos, não se pode mais passar com barcos de médio e até mesmo de pequeno porte. Em outros, especialmente em algumas ilhas, as pessoas têm que andar 8 kg para encontrar água. Esse transtorno prejudica diretamente a pesca, o consumo animal e a irrigação das culturas de subsistência”.

Segundo o diretor do SAAE, o racionamento não é a solução viável, já que o problema não é a quantidade de água e, sim, a fonte. “A grande questão é que o braço onde captamos água está perdendo a ligação com o rio. Podemos fazer a drenagem e alargar o canal, o que acaba sendo um paliativo se o volume de água continuar caindo. Outra solução é diversificar a fonte, mas essa opção depende de um grande investimento que o município não pode fazer sozinho”. Nesta quarta-feira (23), Edgardo Pessoa Filho e o prefeito de Xique-Xique, Ricardo Bessa Magalhães, vão inspecionar o Canal do Guaxinim para produzir diagnóstico atualizado.

Num cenário pessimista, onde haja queda no volume de água de todos os afluentes, o problema pode afetar a Adutora do São Francisco - que abastece a Região de Irecê - e também o Baixio de Irecê, perímetro de irrigação destacado pela Codevasf como alternativa para o fortalecimento da economia e desenvolvimento social de todo território.

Sertão Baiano

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Sete pecados do futebol brasileiro

Robinho celebra com Kaká, Adriano e Ronaldo gol contra o Chile na Copa de 2006 - Evaristo Sá / AFP/04-09-2005

BELO HORIZONTE — O futebol brasileiro está de joelhos, subjugado pela maior humilhação

de sua história, imposta pela ótima seleção da Alemanha, no gramado do Mineirão.
O resultado — impensáveis 7 a 1 —, comum em tempos paleolíticos do jogo,
está longe de ser trivial, mas, ao menos, oferece diagnósticos, úteis a quem estiver
interessado em contribuir com a suprema paixão dos nascidos
aqui. (Nunca será demais lembrar que o começo de qualquer cura está na admissão

da doença.) Alguns deles:

1. AS DIVISÕES DE BASE

O processo de formação dos futuros jogadores no Brasil conjuga profissionais despreparados
estruturas precárias, pressão por resultados e influência espúria de empresários.
O resultado está na cara: Neymar serve como exceção num cenário desértico de revelação
de talentos. Quando os meninos chegam ao fim da adolescência, precisam se entregar
a empresários que atuam nos clubes como abutres. Além disso, há um pensamento
generalizado de que a prosperidade está numa transferência ao exterior — e quanto
mais cedo, melhor. Os garotos saem do país ainda com a formação incompleta, e suas
deficiências se cristalizam. Para completar, o Brasil não enxerga alguns talentos, que só
se consolidam no exterior — o zagueiro David Luiz, que começou numa escolinha em
São Paulo, passou pelo Vitória, mas foi aparecer somente no Benfica, é o exemplo
mais eloquente.

2. O ATRASO DOS TÉCNICOS

Nenhum treinador brasileiro aparece nas cogitações para dirigir times europeus importantes.
Chamados de “professores” pelos bajuladores, eles só encontram abrigo em mercados
periféricos, como o mundo árabe e os países orientais. Está longe, novamente, de ser acaso
ou preconceito. Os brasileiros ficaram no passado em esquemas de jogo e métodos de
trabalho. Aqui, se ouve muito que “fulano entende os jogadores”, “sicrano sabe unir o grupo”,
“beltrano tem pulso forte”, mas a última novidade surgida por estas bandas talvez tenha sido a
coreografia de macaquices encenada pelos técnicos à beira do campo, jogo sim, jogo também.
Exemplos dos dois últimos técnicos da seleção: ano passado, Mano Menezes, à frente do
Flamengo, determinou que a equipe mudaria de vestiário no Maracanã para ele poder
“pressionar o bandeirinha”. Seu sucessor no comando do time canarinho, Luiz Felipe Scolari,
tinha como uma de suas armas na Copa o lançamento dos zagueiros direto para Fred tentar
ganhar de cabeça, de costas para os zagueiros.

3. PRECONCEITO CONTRA ESTRANGEIROS

À fraqueza endêmica dos treinadores soma-se o preconceito dos cartolas, que não consideram
a possibilidade de contratar um profissional estrangeiro para a seleção. Poucos clubes apostam
em técnicos de fora do país. Preferem a atitude estreita de demitir após resultados ruins,
mantendo ativa a ciranda dos mesmos nomes.

4. A GERAÇÃO PERDIDA

No caso específico da seleção atropelada pela Alemanha no Mineirão, alguns jovens talentos, como Neymar e Oscar, tiveram de assumir o papel de protagonistas na neurótica disputa da Copa em casa, porque a geração anterior a deles naufragou precocemente. Os experientes Adriano (32 anos), Kaká (também 32) e Robinho (30) entraram em decadência bem antes do Mundial brazuca e não houve a transição que tornaria tudo mais leve. A ascensão de Neymar, especialmente, teve de ser precipitada.

5. A ÉTICA DO JOGO

Os brasileiros, especialmente os que atuam no país, insistem em fazer do jogo um teatro
patético de simulações de faltas, investem exageradamente em reclamações e na pressão aos
juízes. Até outro dia, Neymar era criticado na Europa por se atirar, exagerando as entradas
que sofria. Os grandes times do Velho Continente ensinam, há algumas temporadas, que o
certo é, simplesmente, se empenhar em cada lance pela vitória. Sem atalhos. Lições que vêm
no bojo de placares como o da terça no Mineirão, mas ainda ignoradas pelos brasileiros.

6. OS MESMOS DE SEMPRE

No comando da CBF, um dirigente que milita no futebol há pelo menos 40 anos; à frente da seleção, o técnico de 2002 e o de 1994 (que era preparador físico em 1970). Se ao menos eles tivessem ideias novas... Mas não. Felipão repetiu, em 2014, o conceito de família que deu no penta conquistado em campos do Oriente. Ele, Parreira e José Maria Marin invocaram o discurso de “ninguém segura esse país” para turbinar o pré-Copa, garantindo que a conquista do hexa era quase uma formalidade, tamanho o poderio de nosso esquadrão. Para tudo se desmanchar na maior humilhação da seleção em todos os tempos.

7. O AMBIENTE DO FUTEBOL

Com as persistentes e impunes ações de torcidas organizadas violentas, cambistas invencíveis e cartolas cúmplices, somadas à omissão das autoridades, os cidadãos de bem vêm sendo afugentados dos estádios há décadas. Em clássicos, quase dá para cortar com uma faca o pesado clima de tensão, pela permanente possibilidade de um conflito entre facções de torcidas, dentro e fora dos estádios. Nas decisões, comprar ingresso é missão para super-herói, com energia para enfrentar filas que cruzam a madrugada em frente aos guichês ou superar os muitos esquemas da venda paralela. Assim, as famílias passaram a assistir ao futebol pela TV, privando as crianças da suprema diversão do estádio, fundamental para cultivar o amor pelo futebol.

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A Alemanha não é tão boa assim e o Brasil não é tão ruim

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Analisando os jogos da Alemanha e Brasil, verifica-se que a seleção alemã não é tão boa assim, assim como a seleção brasileira não foi tão ruim.
A Alemanha ganhou de um medíocre time de Portugal por 4 X 0, e todos achavam que a seleção alemã seria o bicho papão da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas logo depois a Alemanha empatou com a mediana seleção de Gana por 2 a 2. Depois ganhou dos Estados Unidos por tímido 1 a 0, com feito nos acréscimos do segundo tempo. Portanto, primeira fase mediana.
Nas oitavas-de-final ganhou de apenas 2 a 1 da Argélia, na prorrogação, em jogo bem difícil que quase foi para os pênaltis.
Nas quartas-de-final ganhou de 1 a 0 da razoável França em jogo morno.
E o Brasil?
O Brasil ganhou da Croácia na abertura por 3 a 1, lembrando que era uma abertura da Copa e sempre difícil.
Depois empatou do forte México por 0 a 0, México que quase tirou a Holanda da Copa nas oitavas-de-final.
E ganhou dos Camarões por 4 a 1.
Depois da fase classificatória o Brasil ganhou de dois times sul-americanos que podiam até ser campeões do Mundo pela qualidade do futebol.
Nas oitavas-de-final o Brasil ganhou do Chile nos pênaltis. O Chile que foi uma das sensações da Copa, time que ganhou da Espanha por 2 a zero e deu muito trabalho para a Holanda, mas perdeu por 2 a 0.
O Brasil ganhou da fortíssima Colômbia por 2 a 1. Mas perdeu Neymar por contusão e Thiago Silva por cartão nesse jogo.
Se o Brasil tivesse os dois em campo contra a Alemanha, e sem Fred mas com Paulinho, a seleção poderia ter jogado de igual para igual com a Alemanha.
Como já apontei em outro post, a culpa pela derrota humilhante por 7 a 1 foi do Felipão e CBF, mas não precisava ter ocorrido.

Por que torço pela Argentina no domingo?

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Nesta Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil torci para as seleções latinoamericanas.
México, Costa Rica, Honduras, Colômbia, Equador, Argentina, Uruguai e Brasil eram os meus times, com preferência para o último, claro. Até para os Estados Unidos da América eu torci, pois esse país pode alavancar financeiramente ainda mais o futebol.
Por que torço para a Argentina ser campeão mundial no domingo contra a Alemanha no Maracanã?
São vários os motivos:
1. Se a Alemanha vencer será tetracampeão e estará a apenas um título do Brasil; e se a Argentina ganhar será apenas tricampeã, empatando com a Alemanha;
2. A Alemanha humilhou o Brasil por 7 a 1 e seria uma forma de vingança sul-americana;
3. A TV Globo é que principalmente faz uma campanha contra a Argentina e não há nenhum sentido que tenhamos tanta rixa contra nossos vizinhos-irmãos;
4. Devemos torcer primeiro pelo Brasil, depois pelos países do Mercosul, depois pelos países da América do Sul e depois pelos latinoamericanos. Não há motivo para rixas, não há guerras recentes. Os europeus conseguiram se unir na União Europeia e, mesmo com rixas grandes entre países, muitas se devem a recentes guerras. O único país que teria alguma justificativa para ter uma grande rixa seria o Paraguai contra o Brasil, pois nosso país acabou com a nação paraguaia na guerra do século XIX que dizimou o país mais desenvolvido da época e com maior potencial de futuro. Mas mesmo assim nossos irmãos paraguaios não têm grandes rixas com o Brasil. E não há um grande motivo para existir a rixa futebolística com a Argentina. Talvez a maior derrota do Brasil para a Argentina em confronto direto foi em uma oitavas-de-final quando a era Dunga de Sebastião Lazzaroni perdeu para Maradona e Caniggia. Haveria alguma razão de rixa apenas com o Uruguai pelo Maracanazo em 1950;
5. Devemos nos unir cada vez mais na América Latina, em todos os sentidos. A política de nos separar para nos debilitar sempre foi uma prática dos países colonizadores;
6. A Alemanha não fez uma grande Copa do Mundo, fora a vitória sobre o Brasil;
7. O povo argentino, mais sofrido do que o alemão, merece essa alegria;
8. Prefiro a Cristina Kirchner à Angela Merkel;
9. As seleções europeias continuaram a não ganhar nenhum título em solo americano;
10. Alfredo Di Stéfano, que junto com Messi e Maradona é um dos maiores jogadores argentinos de todos os tempos, acabou de falecer, e seria uma bonita homenagem;
Confesso que passeia a torcer pelo Boca Juniores e a não ter mais qualquer rixa com os argentinos no futebol depois do Tevez e Mascherano jogarem pelo Corinthians, mas cada vez mais argentinos estão jogando em times brasileiros, e espero que isso acabe logo com a rixa.

Vai Argentina!

Zico analisa derrota em artigo: Em busca do estilo brasileiro perdido







Ex-jogador do Flamengo e da seleção brasileira diz que é hora de começar do zero

por


Zico durante o jogo contra a Itália na Copa de 1982 - Anibal Philot / Arquivo O Globo
É hora de calçar as sandálias da humildade e começar do zero. Já tínhamos levado aquela chinelada do Barcelona no Mundial de Clubes, mas a sapatada de ontem doeu mais. Quando o Santos perdeu aquela decisão, lembro que pelo menos o Neymar disse que tínhamos tomado uma aula de futebol. Agora, só ouvi dizerem que foi uma pane, que perder de um ou de sete é a mesma coisa, mas não dá para aceitar.

Não dá mais para esconder que tem que mudar muita coisa. Futebol é espetáculo, é se deliciar com a beleza do jogo, claro que sem perder a seriedade e o profissionalismo, mas nosso time não pode ir a campo como se fosse disputar os “Jogos Vorazes". No filme, o objetivo é salvar sua vida, mas no futebol não pode ser assim. Foi tanta pressão que passaram para os jogadores que eles desmoronaram no primeiro golpe. Com esse clima, o time não cria, não relaxa. Todas as outras seleções estão curtindo a Copa sem deixar de lado a concentração no jogo. No Brasil, só o Neymar conseguiu mostrar a desenvoltura e a capacidade de desfrutar disso tudo.

A seleção não fez nenhuma atuação à altura do que se espera do Brasil. Desde o começo, não teve alternativas para sair das dificuldades, impostas pelo México e pelo Chile.
Quando enfrentasse uma seleção mais forte e organizada, como a Alemanha, era isso que ia acontecer. A Alemanha não menosprezou o Brasil, fez como o nosso Flamengo dos anos 80, fazia um gol e continuava batendo até liquidar o adversário. Temos que rever a formação dos nossos jogadores. Na hora de escolher na base, não tem que saber quem é mais alto e forte, como os clubes vem fazendo. Tem que priorizar e trabalhar em cima de quem tem talento. A mudança tem que ser radical também dentro da entidade que comanda a seleção.

Temos que agradecer ao Parreira e ao Felipão pelos serviços prestados, mas chegou a hora de ceder a vez. Eles foram importantes para o nosso futebol, ainda são e vão continuar sendo mas quem vier precisa estar atualizado, não dá para disputar uma Copa sem alternativas.
A comissão técnica acreditou que o Brasil estava pronto por causa do título da Copa das Confederações mas em um ano que se passou até o Mundial muita coisa muda.

Chegamos na Copa sem nenhum jogador como protagonista em seus clubes na Europa, até o Neymar sofreu para se firmar no Barcelona. Só dois ou três são titulares absolutos: o Thiago Silva e o Daniel Alves, que mesmo assim teve uma temporada muito difícil. Diante disso não chegamos com aquele alto ritmo de competição que a Copa exige. Entre os jogadores, não podemos achar que ninguém serve, temos uma base e é preciso fazer um trabalho bem feito porque as próximas eliminatórias serão dificílimas. Quando o sistema de disputa mudou para todos contra todos, em dois turnos, pensavam que ficaria mais fácil para Brasil e Argentina mas não é isso que temos visto. As Eliminatórias já são Copa do Mundo, é assim que o jogador amadurece para chegar no Mundial. Infelizmente, nosso time não jogou as Eliminatórias e isso nos prejudicou por se tratar de uma geração que precisava de experiência.

A CBF precisa fazer muito mais, incentivando o trabalho dos clubes, descobrindo valores e ajudando a manter os talentos aqui por mais tempo. Mesmo com a sapatada, não acredito que a paixão pelo futebol vai diminuir nem em relação aos clubes nem à seleção. E vamos em frente.


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