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domingo, 7 de setembro de 2014

Mudou: sete diferenças do Brasil de Dunga para o da Copa do Mundo

Mesmo sem um futebol encantador, Seleção tenta evoluir após vexame com movimentação diferente, liberdade a Neymar e ausência do “9”

Por Miami, EUA
Foi só o primeiro jogo sob o comando de Dunga, mas algumas mudanças na seleção brasileira em relação à Copa do Mundo ficaram nítidas na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, na última sexta-feira, em Miami, nos Estados Unidos. Não se viu um futebol que leve o Brasil ao nível das melhores equipes, mas houve novos posicionamentos, filosofias e movimentações. Entre jogadores mais compactos, responsáveis por bolas paradas e até mesmo o posicionamento de Neymar, pelo menos sete diferenças importantes. Veja:

NEYMAR
Na Copa, com a presença de Fred, jogador de 30 anos com físico menos privilegiado, o atacante do Barcelona era obrigado a recompor o sistema de marcação quando o adversário tinha a posse de bola. Dessa vez foi diferente. Quando a Colômbia atacava, Diego Tardelli ficava mais recuado que Neymar. Este, por sua vez, adiantado, segurava sempre a marcação de pelo menos um adversário, além de se poupar fisicamente para quando estivesse com a bola dominada. Seu posicionamento lembrou o de Messi na seleção argentina durante o Mundial.
Neymar comemora gol do Brasil contra a Colômbia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press) 
Neymar comemora gol do Brasil contra a Colômbia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)

 BOLAS PARADAS
Neymar polarizou esse fundamento na Copa do Mundo. Bateu faltas e escanteios, muitas vezes dos dois lados. Agora, Oscar não só dividiu, como se tornou o principal nome. Nos treinos e na maior parte do jogo, foi ele quem cobrou escanteios e faltas de bolas cruzadas na área colombiana. Isso permite que Neymar fique na entrada da área, à espera de um rebote. No segundo tempo, ele teve chance de chutar. A ele coube, claro, os tiros diretos. Foi assim que ele fez um golaço e definiu a vitória por 1 a 0.

BOLA NO CHÃO
Pouca coisa chamou mais atenção no torneio disputado no Brasil do que as tentativas de lançamento (quase sempre em vão) dos zagueiros para os atacantes. Com Oscar adiantado, Luiz Gustavo recuado e Paulinho isolado, abriu-se um buraco no meio, por onde a bola sobrevoava. David Luiz tentou, tentou, e não conseguiu bons lances dessa forma. No amistoso da última sexta-feira, esse recurso foi pouco utilizado (sem sucesso novamente). O Brasil tentou colocar mais a bola no chão graças à proximidade dos jogadores de meio e ataque.
Oscar, Brasil X Colômbia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press) 
Oscar é agora o homem das bolas paradas do Brasil (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)

 RECOMPOSIÇÃO
Oscar, Willian e Diego Tardelli estavam integrados ao restante do time quando a Colômbia recuperava a posse de bola. Em linhas gerais, o Brasil conseguiu se defender de ataques em velocidade do rival graças à rapidez em arrumar o time na marcação. No fim do jogo, com reservas em campo e cansaço dos titulares, a Seleção deixou espaços mesmo com um atleta a mais, já que o meia Cuadrado havia sido expulso.

SEM CENTROAVANTE
Uma cena foi frequente: Diego Tardelli receber a bola do lado esquerdo, ainda no campo de defesa, criando espaços para a movimentação de Neymar e dando uma opção de tabela ao lateral, no caso, Filipe Luís. Ele também encostou na direita, em Maicon. Os zagueiros da Colômbia não tiveram uma referência para marcar e isso confundiu a marcação em alguns momentos. O Brasil acertou poucas trocas de passes no campo de ataque, precisa melhorar, mas a movimentação tornou o time mais interessante do que na Copa.

Diego Tardelli, Brasil X Colômbia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press) 
Tardelli aproveita o lado esquerdo para criar espaços para Neymar (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)

 PELA DIREITA
Marcelo é um lateral muito ofensivo e, com ele ao lado de Neymar, o Brasil tinha poder de fogo pela esquerda na Copa, embora cedesse espaços na marcação. Com Filipe Luís em seu lugar, o lado mais ofensivo passou a ser o de Maicon, que fez várias jogadas de ultrapassagem pela direita. Ele recebeu bolas de Diego Tardelli, Neymar, Willian... Só que nenhuma foi boa, faltou precisão. Curiosamente, mesmo assim, o lance mais perigoso pelo fundo ocorreu pela esquerda, quando Filipe Luís bateu e Diego Tardelli marcou no rebote, mas o assistente marcou impedimento do lateral-esquerdo, incorretamente.
Maicon, Brasil X Colômbia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press) 
Maicon usa o lado direito para fazer ultrapassagens (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)

 COMPACTAÇÃO
O Brasil não marcou a saída de bola da Colômbia, como pretende a comissão técnica e fizeram as seleções mais fortes na Copa. Por outro lado, atuou de forma mais compacta do que no Mundial. A defesa não ficou tão recuada e isso aproximou os jogadores de linha, criando mais dificuldades para que o talentoso meio-campo adversário, com James Rodríguez e Cuadrado, criasse oportunidades de gol.

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